A inovação tecnológica no mundo, acelerada pelo chamado “novo normal” imposto pela pandemia da Covid-19, é, inevitavelmente, um caminho sem volta. No entanto, a velocidade que tornam esses processos cada vez mais essenciais, em todas as áreas, tem atordoado grande parte das comunidades científica, acadêmica e empresarial pela rápida introdução das novas tecnologias e, principalmente, pelas inúmeras leis que estão sendo editadas para se tentar normatizar esse mercado.
Com a proposta de organizar as informações disponíveis, auxiliar essas comunidades a entender os rumos desses avanços e ajudar, principalmente, as empresas que têm a consciência da necessidade de investimentos cada vez mais urgentes em tecnologias, o engenheiro em Eletrônica Luiz Mariano Julio, diretor da FITec – Fundação para Inovações Tecnológicas – reuniu os temas mais importantes sobre a inovação tecnológica no Brasil em um livro que já está publicado no formato e-book no Amazon.
“A publicação mapeia os mecanismos de fomento à inovação no Brasil, de uma forma estruturada, para ajudar as empresas a descobrir caminhos que lhes viabilize economicamente a materialização de suas ideias inovadoras”, explica o autor, também mestre em Política Científica e Tecnológica com MBA em Gestão de Equipes de Alto Desempenho.
O livro “Fomento à Inovação Tecnológica no Brasil” tem 202 páginas. Os 12 capítulos exploram desde quais são os mecanismos de fomento – aplicabilidade, porte e abrangência, por exemplo – até a forma de acessá-los, passando pela atuação dos órgãos de incremento e pelas direções estratégicas que estão sendo adotadas.
O lançamento oficial será em um evento online, no dia 14 de outubro, às 17 horas, e contará com uma breve explicação do autor sobre o conteúdo do livro, com exemplos de como as informações podem auxiliar as empresas a decidir pelo ingresso ou pela busca de parcerias para expandir os seus negócios a partir do fantástico universo da tecnologia. O evento é gratuito e pode ser acessado no link https://www.youtube.com/channel/UCBI2_0oM8C8TaAIycOfCWnw/videos.
Investimento em C&T no Brasil
Nos últimos anos, o investimento em Ciência & Tecnologia no Brasil tem sido da ordem de R$ 100 bilhões anuais, incluindo recursos públicos, de empresas privadas e de estatais. Os investimentos públicos respondem por R$ 54 bilhões/ano, enquanto a participação empresarial é da ordem de R$ 46 bilhões/ano.
Do investimento público, grande parte – cerca de 65% – é oriunda dos órgãos federais e, majoritariamente, voltada para os cursos de pós-graduação (49%). As verbas são destinadas para esse setor principalmente pelo MEC (Ministério da Educação), que responde por 52% das aplicações; 18% são provenientes do próprio MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e 11% do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
O setor privado destina um volume de recursos ainda muito tímido – cerca de R$ 19 bilhões anuais – para a tecnologia, permanecendo apoiado por incentivos fiscais (R$ 14 bilhões/ano), subvenção econômica (R$ 0,5 bilhão/ano), crédito equalizado (R$ 3,2 bilhões/ano) e pelas agências reguladoras (R$ 2,5 bilhões/ano).
O autor
Luiz Mariano Julio é diretor de Operações da Fitec, na Unidade de São José dos Campos, desde 2018. Sua carreira sempre foi focada em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), no Brasil e no exterior. Adquiriu grande experiência em suas passagens pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), Siemens Telecom, BenQ e Positivo Informática.
O engenheiro atuou, também, como consultor de Inovação para empresas. Foi professor na PUC-PR e conselheiro ou comitente em PCT (Sistema Internacional de Patentes) na Cati (Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável), Assespro (Federação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Fundação Casimiro Montenegro, Fiep (Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Fundação Desembargador Paulo Feitoza, SNI-MEI (Sistema Nacional de Inovação) e no Instituto das Cidades Inteligentes. Este é o seu segundo livro publicado. O primeiro, “Aprendizado Tecnológico na Indústria de Computadores Pessoais”, foi editado em 2013.
(Fonte: Ateliê da Notícia)