Livro conta a história de um clássico: o Bar do Alemão

Na festa dos 45 anos, o bolo com as cores da bandeira alemã/foto: JZ

Um dos clássicos da gastronomia curitibana – e o sucesso ao longo dos seus 45 anos o qualifica ao termo – o Schwarzwald – Bar do Alemão, no Largo da Ordem, centro histórico da capital paranaense, agora é personagem de livro, lançado na quarta-feira 16 e que está à venda da loja da casa por R$ 40. Ao longo de 95 páginas fartamente ilustradas com fotos antigas e atuais, a autora Juliane Cristina Reinhardt, nutricionista e doutora em História, narra a trajetória do bar-restaurante, que abriu suas portas no já distante outubro de 1979.

No começo, o espaço era um simples depósito de materiais de construção da loja ao lado (onde hoje está o bar Sal Grosso) de um empresário de sobrenome Strobel, cujo filho, Renê, transformou em um pequeno restaurante. A cozinha era comandada por Ingeborg Rust, mais tarde proprietária de outro restaurante de renome, o Hummel Hummel, no mesmo entorno, hoje extinto. O nome, Schwarzwald (Floresta Negra) teria sido sugerido por ela, que havia nascido naquela região da Alemanha.

Selma Tonnato Prado, entre Jorge Tonatto e a autora Juliane Reinhardt, no lançamento da obra/foto: Priscilla Fiedler

Mais tarde, Renê Strobel associou-se ao empresário Andersen Prado, um dos donos do negócio até hoje, ao lado da esposa Selma (que comanda a cozinha e a loja da casa) e dos cunhados Rogério e Jorge Tonnato, que é o gerente geral. Aos poucos, os espaços foram sendo ampliados, agregando, em 2013, a histórica Casa Vermelha (que tinha frente para a rua José Bonifácio), também antigo comercio de materiais para construção, agora dedicado a grandes eventos.

A história está bem contada no livro de Juliane, que revela, também, porque o lugar ficou conhecido como “Bar do Alemão”, um episódio interessante. Para saber, leia o livro.

Juliane Cristina Reinhard, “também Zugueib Zaidan”, como ela se apresenta”, pesquisadora da cultura alimentar, é autora de outros livros no segmento gastronômico, como “A Padaria América e o pão das gerações curitibanas”, “Entre Strudel, Bolachas e Stollen” e “Alemães, comida e identidade, uma tese ilustrada”, além de outros de pesquisa histórica. É titular, ao lado do marido Victor, da Editora Máquina de Escrever.

O livro “Shcwarzwald – Bar do Alemão – 45 anos de história”, além de narrar a trajetória do lugar, permite um saboroso passeio pelos exemplares do cardápio, apresentados em convidativas fotos coloridas. Na página dupla de abertura, está a famosa coleção de canequinhas dos ‘submarinos’.

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