Moradia afetiva em tempo de transformação

Um projeto estrutural metálico permitiu que a casa passasse de 450 m² para 600 m²/fotos: Marcelo Stammer

A casa, construída no final da década de 1970, foi a realização de um grande sonho para um casal de imigrantes alemães que escolheu Curitiba para morar. A vocação em receber amigos e reunir a família, assim como o imóvel, ficou de herança para seu único filho, que optou por reformar a residência dos pais e potencializar os seus espaços sociais. O projeto arquitetônico e de interiores, assinado pela arquiteta Soraya Surdi, transformou o lugar em uma casa contemporânea projetada para o convívio social.

“Quando os proprietários vieram conversar sobre o projeto, tinha a possibilidade de construir do zero em outro local da cidade ou reformar a casa que moravam. Havia muitas dúvidas da parte deles se era realmente possível fazer uma transformação tão grande. Para mim, a questão central é que eles tinham um grande apego pela residência e, apesar dos grandes desafios, queriam continuar morando no mesmo lugar. É foi o que fizemos”, conta a arquiteta.

Novos ambientes foram agregados e o pé-direito elevado

Localizada em um dos bairros mais valorizados e calmos da capital paranaense, a residência passou por muitas mudanças ao longo dos seus mais de 40 anos. Além de descaracterizar o projeto original, elas ainda não atendiam todas as necessidades do casal e das duas filhas.

“Era uma casa com muitos cômodos segmentados que foram sendo agregados com o tempo. Era necessário modernizar toda a estrutura, trazer mais iluminação natural e ampliar os espaços. Isso passava necessariamente por uma grande mudança estrutural, além de um novo layout que desse uma unidade visual e trouxesse a casa para 2023”, conta a arquiteta.

Entre as mudanças na planta, houve a necessidade de ampliar o número de cômodos no pavimento superior, aumentar o pé direito e modificar o telhado. No novo desenho, a opção foi por um projeto estrutural metálico que permitiu que a casa de 450 m², passasse a ter 600 m². Foram trocadas todas as esquadrias e os elementos de acabamentos.

No piso superior, além de quartos separados para as duas filhas, o casal ganhou uma ampla suíte com um closet de 63 m².

A adega ocupa um espaço central no novo projeto de interiores

Os espaços de convivência são o coração desse projeto. Todo o piso térreo agora se integra ao quintal, com piscina e jardim.  São duas lareiras, uma interna e outra externa, que foram construídas em nichos rebaixados para aumentar a sensação de aconchego. O espaço gourmet está integrado à piscina e ao spa por meio de grandes portas de vidro.

A adega ocupa um espaço central no novo projeto de interiores. Ela está centro da casa, seu teto foi revestido com caixas de vinho e ganhou uma tela retro iluminada com o desenho da planta do imóvel, construído em 1979.

“Quando recuperamos o projeto original, percebi o quanto aquilo era especial para eles. Resolvi trazer essa referência como uma forma de homenagear a história da família”, conta Soraya.

Com relação ao conforto e à segurança foram implantados na residência sistemas de água quente com aquecimento solar, automatização completa, monitoramento de vigilância e aquecimento de piso nos banheiros. Um dos pedidos especiais da família foi a instalação de um projeto de sonorização que permitisse a integração dos espaços internos e externos da casa. “Toda celebração pede uma trilha sonora. Eles fizeram questão de garantir também a qualidade do som para vivenciar esses momentos festivos de convívio com os amigos”, conclui a arquiteta.

(Fonte: Vorá Comunicação Integrada)

Compartilhar: