Na telona, cinco filmes franceses

Denso e sombrio, o drama Madrugada em Paris, de Elie Wajeman, estreia nos cinemas nesta quinta-feira 24 de março em Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo depois de passar pelos festivais de Cannes e Varilux de Cinema Francês, ambas edições de 2021.

Distribuído pela Bonfilm, o longa traz o ator Vincent Macaigne no papel de um médico noturno, um profissional que trabalha durante a noite e na madrugada atendendo pacientes em suas residências.

Além de Madrugada em Paris, a Bonfilm anuncia outros quatro longas-metragens que integraram a edição 2021 do Festival Varilux de Cinema Francês e participaram de festivais como Cannes, Reims Polar e Du Film Francophone d’Angoulême: Caixa Preta, de Yann Gozlan, 7 de abril; Um Conto de Amor e Desejo, de Leyla Bouzid, 28 de abril; Tralala, dos irmãos Arnaud e Jean-Marie Laurrieu, 19 de maio; e Enquanto Vivo, dirigido por Emmanuelle Bercot, 9 de junho.

Madrugada em Paris se passa em um só dia, e a maioria das cenas são noturnas, mostrando uma Paris pouco conhecida do público. O personagem principal, o médico Mickaël Kourtchine, interpretado por Macaigne, tem problemas de sobra. Seu casamento está em crise e se sente dividido entre a mulher e a amante. Desgastado emocionalmente com o trabalho, pensa se não é o momento de mudar de emprego. Seu atendimento aos pacientes viciados levanta suspeitas sobre o excesso de medicamentos liberados e a participação em um esquema de receitas falsas para ajudar o primo farmacêutico (Pio Marmai) vai levá-lo ao limite e colocar sua vida em risco.

Em entrevista ao site Cineuropa, o diretor Elie Wajeman contou que ao pensar na história do filme quis “criar um médico noturno e misturar filme noir com intriga criminosa”. E ao pesquisar sobre esses profissionais, achou que daria um ótimo personagem fictício e permitiria mostrar a intimidade das pessoas em suas casas, além de uma Paris underground, bem menos conhecida. “Eu queria tratá-lo como um personagem puramente fictício, uma espécie de detetive particular que viaja pela perigosa cidade grande”.

Para dar veracidade ao longa-metragem, o diretor se encontrou com profissionais especializados em tráfico de medicamentos; conversou com farmacêuticos sobre meandros da profissão; assistiu a julgamentos de envolvidos com o tráfico de Subutex, o remédio usado pelos viciados; além de ter acompanhado o trabalho dos médicos noturnos.

(Com informações de Agência Febre)

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