Meus netos gêmeos de três anos e nove meses – Roberta e Caetano – foram, com os pais, bem cedo, conhecer o Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, em Curitiba.
Correram sob o imenso vão livre da instituição, visitaram o jardim das esculturas, curtiram o Parcão nos fundos – um pedaço do Bosque João Paulo II e assim chamado por ser uma espécie de território livre dos cães (acompanhado dos donos, naturalmente), entre vários outros pontos.
Ao fim da visita, minha filha Juliana perguntou a eles do que mais tinham gostado.
Caetano: das esculturas (que lhes foram explicadas pelos pais).
Roberta: da grama (ela se esbaldou em corridas pelo gramadão)
Pôr-do-sol
O terraço da casa da minha filha Juliana, no bairro Mercês, em Curitiba, é um camarote privilegiado para se observar o pôr-do-sol. Um espetáculo acompanhado com atenção pelos gêmeos Roberta e Caetano, de três anos e nove meses. A bola vermelha baixando no horizonte, um poente deslumbrante.
Num desses dias, Caetano me chamou e disse, solenemente:
– Vovô, quero lhe contar uma coisa: ontem, eu vi o sol descascando.
Álbum do Zéquinha
Caetano é bom no quebra-cabeça, Roberta prefere o jogo da memória. Ultimamente, andaram envolvidos com as figurinhas do álbum do Zéquinha, uma recriação das famosas balas Zéquinha dos anos 1940 e 50, cujo papel que protegia uma bala sem graça tinha estampas colecionáveis, do número 1 ao 200.
Foi graças às novas figurinhas do Zéquinha, desenhadas por um de seus criadores, Nilson Müller, que Roberta e Caetano tiveram o primeiro contato com o Museu Oscar Niemeyer e com outros museus e parques da cidade, que agora estão conhecendo de verdade. Assim como outros pontos de interesse de Curitiba, listados também do 1 ao 200, ao lado de uma série de atividades do personagem.
Foram horas divertidas de avô e netos colando as figurinhas e separando as duplas para trocar.
E em minhas visitas diárias, logo que me via, a pequena Roberta já perguntava sorrindo:
– Vovô, você trouxe figurinha?