A rua é estreita, mas por ali já passou muita história. Em meados do século 19, foi chamada de rua do Hospício e rua do Fogo. Um trecho, mais acima, foi rebatizado de Claudino dos Santos, em homenagem a um ex-prefeito de Curitiba. A São Francisco de hoje continua guardando retratos de ontem. No número 179, por exemplo, um portal em arco conduz a uma calçada em paralelepípedo, que desvenda, a quem por ali caminha, um refúgio urbano quase secreto, com restaurante, cafeteria, bar, fábrica de chocolates e, no piso superior, um espaço de eventos.
Neste cenário, quem se aventura por aquele corredor chega a um restaurante, no lado esquerdo, cujo cardápio dedica 40% aos pratos veganos ou vegetarianos, mas que também tem carnes, peixes, massas e petiscos. Chama-se Tijolo e, como destaca seu proprietário, Mário Nicolau, serve comida descomplicada, padrão ‘slow food’, saudável para todos os paladares, ao som de boa música: jazz e MPB.
O cardápio lista, ainda, entre outros vários, o Pescado sazonal, peixe da estação servido com purê de abóbora cabotiá, brócolis rama e vinagrete; Filé de frango à parmegiana, com linguini na manteiga, com uma versão vegana com beringela e finalizada com tofu ralado; Risoto Caprese, com tomates frescos, burrata e farofa de castanhas de caju; Alcatra com risoto italiano à base de alho poró.
Uma sugestão para arrematar a refeição, além da torta de caramelo salgada, é o sorvete de café, à base de espresso.
Um detalhe interessante é o nome do bar do Tijolo: “Lourdinha tô pronto”. Uma homenagem ao avô de Nicolau. Era a frase que ele falava para a mulher quando já estava “animado” com a bebida e se tornou um cantinho de memória afetiva na casa. Com uma carta enxuta de drinks, o bar tem coquetéis clássicos com e sem álcool. Na happy-hour, que vai das 16 às 18 horas, várias bebidas têm promoção de 50%.
O local onde funciona o restaurante Tijolo é parte do antigo atelier do artista plástico Ricardo Tod – autor da escultura Fonte da Memória na praça Garibaldi, no centro histórico de Curitiba, que ficou conhecida popularmente como Cavalo Babão. Antes, abrigou uma ferraria (na calçada ainda estão as argolas de amarrar cavalos) e uma agência dos Correios.
No salão principal do restaurante é possível ver as roldanas do antigo forno e o desenho do esboço da escultura. Nicolau diz que a ideia foi, dentro do possível, manter o ambiente o mais original possível. As adaptações foram feitas para dar conforto ao público com a climatização de todos os salões. A lareira a lenha está sempre pronta para os dias frios.
Além do Tijolo, Nicolau ao mesmo tempo administra o multiespaço São Francisco 179 (ou SFco 179), onde está seu restaurante. Em quase oitocentos metros quadrados de construção funcionam outras operações independentes, que se complementam de forma harmônica.
Logo na entrada tem a Utopia Tropical, uma fábrica de chocolates, com o conceito de bean to bar. No espaço interno, o Royalty Café, uma cafeteria com torrefação própria, que serve cafés e drinks. E na parte superior, está a área de eventos, com 210 metros quadrados, com estrutura pronta de bar, varanda e galpão principal que é alugada, sob demanda para festas e eventos artísticos variados.
Para garantir a tranquilidade dos clientes, à noite, a porta de entrada para o espaço é fechada e liberada somente pelo interfone e pelo segurança do local.
Informações: tijolocwb.com.br/ e Instagram: @tijolocwb; reservas: WhatsApp: 41.98871-0497