Um zelador para o Centro

Trecho do calçadão da rua 15: maior atenção resolveria uma série de problemas

Há uns oito anos, ao tempo de um prefeito de mandato e meio, que depois foi governador de um mandato e três quartos – e que que já foi preso duas vezes, acusado de corrupção – sugeri ao então administrador da Regional da Matriz da Prefeitura de Curitiba a designação de um funcionário apenas para circular pelo centro da cidade, anotar os problemas e providenciar sua solução.

Uma espécie de zelador graduado.

– Bem pensado, bem pensado – respondeu ele.

A ideia não era nova. O prefeito Jaime Lerner, em sua primeira gestão (1971-1975) já a havia adotado com sucesso. Na primeira gestão de Rafael Greca (1993-1996), havia um servidor municipal, ligado à Regional da Matriz, encarregado das ruas e logradouros centrais.

O administrador, que depois passou a ocupar um importante cargo no governo estadual, deve continuar pensando até hoje. E nada fez.

Nada de extraordinário na sugestão. É só percorrer as ruas centrais para atestar quanta coisa está errada. Seria até cansativo enumerá-las.

E cuidar do Centro não é ser elitista. É para ele que convergem, no dia-a-dia, moradores de todos os bairros de Curitiba.

O Centro é de todos.

A Regional da Matriz abrange uma área gigantesca e, além do Centro, lista os bairros Ahu, Alto da Glória, Alto da XV, Batel, Bigorilho, Bom Retiro, Cabral, Centro Cívico, Cristo Rei, Hugo Lange, Jardim Botânico, Jardim Social, Juvevê, Mercês, Prado Velho, Rebouças e São Francisco.

E o importante é que o ‘zelador’ do Centro tivesse respaldo junto aos setores de obras e serviços. Pois de nada adiantaria anotar o errado, encaminhar os pedidos e tudo continuar na mesma.

Fica, mais uma vez, a sugestão.

 

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