
Eleito em 5 de fevereiro deste ano, o jornalista e professor Hélio Fileno de Freitas Puglielli toma posse nesta sexta-feira 30 na Academia Paranaense de Letras, onde passa a ocupar a cadeira nº 20, que já foi de Ciro Silva, Francisco Pereira da Silva e dos jornalistas Samuel Guimarães da Costa e Luiz Geraldo Mazza. A cerimônia será às 18h no auditório da Biblioteca Pública do Paraná (r. Cândido Lopes, 133, Centro, em Curitiba).
O novo acadêmico será saudado pelo também jornalista Adherbal Fortes de Sá Junior, que ocupa a cadeira nº 30 da APL.
Nascido em Curitiba (PR) em 2 de janeiro de 1939, Hélio pertence a uma importante família de jornalistas e atuou por longos anos nos jornais O Estado do Paraná e Gazeta do Povo, como editorialista. Foi professor da Universidade Federal do Paraná, onde dirigiu o Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, contribuiu para a formação de gerações de jornalistas e também foi superintendente do Teatro Guaira e executivo da antiga Fundepar (Fundação Educacional do Paraná). Hélio é conselheiro da Associação Paranaense de Imprensa (API).
A proposição de seu nome para membro da APL foi do jornalista e escritor Adherbal Fortes de Sá Júnior, que assim a justificou na sessão presidida pelo acadêmico Paulo Vítola:
“A cadeira, todos lembram, foi do Luiz Geraldo Mazza, admirado jornalista da geração dos anos 1960, que frequentemente advertia da pobreza criativa das nossas elites intelectuais. Antes pertenceu a Samuel Guimarães da Costa, historiador do Ciclo do Mate, conselheiro político de Paulo Pimentel, que defendeu uma literatura brasileira filtrada pela inteligência paranaense. Esses dois deram-nos a rota e a missão que, se depender deste eleitor, devem passar a Hélio Puglielli, no mínimo para homenagear a memória do Mazza e do Samuel.
“Hélio é o jovem corajoso que, em 1958, ajudou a convencer Aristides Merhy e Fernando Camargo a criar o Suplemente Literário de O Estado do Paraná, onde foi colaborador e secretário, acumulando a função de correspondente da revista Leitura, editada no Rio de Janeiro. Ainda achou tempo para vencer o prêmio de crítica literária do Concurso Universitário Nacional de Literatura promovido em 1959 pela revista O Cruzeiro em convênio com o Capes/MEC. E para participar das coletâneas ‘Contos de Repente‘ (com Jamil Snege e Ayilton de Sisti), ‘Poesia’ (com Apollo França, Assad Amadeu e nosso confrade João Manuel Simões) e garantir um lugar no ‘Panorama do Conto Paranaense‘ organizado por Andrade Muricy”.
O acerto da indicação e eleição para está cadeira da Academia, só honra os antecessores e continua com Hélio Puglielli, pessoa de grande conhecimento da história viva do Estado, e que marca pelas gerações de jornalistas que formou e apoio como profissional, dos quais eu fui um deles no período que passei no O Estado do Paraná. O meu muito obrigado. E parabéns pela homenagem.
Doroti. Além de grande jornalista, o Hélio é um grande caráter. Obrigado pela leitura.