A noite e as semanas do Negroni

Bartender Gabriel Bueno: história e três versões do Negroni/fotos: JZ

A sala de eventos do Céu Bar, em Curitiba, exibe uma atmosfera de intensos reflexos vermelhos nas paredes. Ali, um grupo de convidados se prepara para o lançamento de mais uma edição anual da Negroni Week, que saúda o coquetel Negroni, um dos mais vendidos no mundo, em cuja composição entram Campari (daí a luminosidade rubra marcante do cenário), vermute rosso e gin. “Não existe Negroni sem Campari” é o mote permanente da promoção.

O bartender da casa Gabriel Bueno está a postos e vai falar sobre o tema da noite: a árvore genealógica do Negroni. À sua frente, o trio de ingredientes e uma plateia atenta.

A capital paranaense é uma das sete cidades brasileiras que recebem, nesta noite de quinta-feira 11, o lançamento do evento no Brasil, já que a Negroni Week é de âmbito global. Ao lado de Curitiba, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Florianópolis. O capítulo brasileiro tem um diferencial: enquanto em outros países a Negroni Week vai de 22 a 28 de setembro, por aqui tem uma semana a mais. Começa na segunda-feira 15.

Tudo pronto para começar, Gabriel Bueno passa a executar movimentos amplos e plásticos com as mãos, como se esticasse as doses antes de depositá-las no copo misturador. “Para oxigenar a mistura”, explica. E oferece aos convidados uma breve incursão ao passado, ao final da segunda década do século 20, num bar de Florença chamado Cafè Cason. Até então, o drink era chamado de American e, além do Campari e do vermute, tinha uma dose de água com gás. Certa vez, para atender ao pedido de um cliente, o conde Camilo Negroni, que queria um algo a mais na bebida, o bartender Fosco Scarselli resolver trocar a água pelo gin. E o resto é história. Gabriel Bueno ressalta que há outras versões, mas esta é a mais aceita.

O Negroni e suas versões podem ser degustados a partir da segunda-feira 15

Mas, antes de ser o American, o coquetel tinha outro nome: Milano-Torino, só com Campari e vermute. Milano, porque o Campari foi pela primeira vez fabricado em Milão; Torino, porque o vermute utilizado, Punt e Mês, era de Torino, também cidade italiana. (Voltando um pouco mais na história, o famoso bitter vermelho foi fabricado pela primeira vez em 1860 por Gaspare Campari, em Milão, que sete anos depois abriu o Caffè Campari, na galeria Vittòrio Emmanuelle II, diante da Piazza del Duomo).

Enquanto narra, o bartender do Céu vai compondo o drink original – Milano-Torino – com partes iguais de Campari e vermute. Em seguida, o copo misturador recebe os ingredientes do Negroni clássico, já com a dose de gin. E, por fim, apresenta o Cardinale, uma variação com Campari, gin e vermute seco, que pode ser substituído por uma dose de vinho Chardonay. Os drinks são degustados pelos presentes.

A Negroni Week em Curitiba pode ser apreciada nos seguintes locais: Céu Bar, Taj Bar, Ponto Gin, Ros Bar Spritz e Amaros, Continental Cocktails, bar do hotel Full Jazz, Tesouros de Cuba, restaurante Pata Negra, Pinot Itupava, Sete Tragos, Cão Véio Água Verde, Cão Véio Rua da Música e Docca Bar e Eventos. Em alguns supermercados das redes Festval e Condor há momentos de degustação.

Informações em https://www.campari.com/pt-br/camparinegroni/

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