Edital exclusivo permitirá aperfeiçoar Linha Turismo de Curitiba

Ônibus da Linha Turismo já com a nova marca turística de Curitiba/foto: Secom/Prefeitura de Curitiba

Uma novidade no processo da licitação do transporte coletivo de Curitiba, cujo leilão deverá ser realizado em 2026, após as necessárias consultas populares, é que a Linha Turismo, que opera há 31 anos – foi criada na primeira gestão do prefeito Rafael Greca, em julho de 1994 – merecerá um edital exclusivo, o que permitirá maior detalhamento e aprimoramento na qualidade do atendimento aos visitantes, conforme anunciou o presidente do Instituto Municipal de Turismo/Curitiba Turismo, Rodrigo Dalla Bona Swinka, em reunião do Conselho Municipal de Turismo.

Desde a sua implantação, a operação da Linha Turismo é feita pela empresa de transporte coletivo Glória, da família Gulin, já permissionária, na época, de boa parte dos itinerários de ônibus urbanos da capital paranaense. A Linha, cujo itinerário foi montado pelo antigo Departamento de Turismo da Prefeitura (antecessor do IMT), com o gerenciamento da Urbs, empresa estatal do município, começou com quatro jardineiras.

As jardineiras, com suas amplas janelas, tinham a carroceria fabricada artesanalmente por uma empresa de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, já que as grandes do ramo não aceitaram encomenda tão pequena. E eram montadas sobre chassis de ônibus usados. Os carros ostentavam, contra um fundo branco, os ícones dos principais pontos de interesse de visitação da cidade, desenhados pelo arquiteto Manoel Coelho. A Linha Turismo não teria razão de existir se não fosse pelos novos e atraentes cenários da capital paranaense, obras múltiplas do arquiteto Jaime Lerner, em suas três gestões no Palácio 29 de Março.

Exemplar das jardineiras pioneiras que iniciaram a rota há 31 anos/foto: Reprodução

Mais tarde, as jardineiras – que ainda hoje operam para completar a frota quando necessário – foram substituídas pelos atuais ônibus de dois andares – os ‘double decks’, com informações sonoras digitalizadas. Quando começou, tudo era feito com rudimentares fitas cassetes, tempos pioneiros dos quais participei como diretor de Turismo da cidade e minha pequena equipe. Um detalhe que poucos conhecem: quando foi concebida, pensou-se para a Linha Turismo a adoção dos ônibus de dois andares de Londres, que haviam sido comprados por uma empresa ou pela Prefeitura de São Paulo. Mas Curitiba chegou tarde: os veículos já haviam sido vendidos para outros fins.

Anos antes, na terceira gestão de Jaime Lerner, foram criadas as linhas Pró-Parque, que conduziam às grandes áreas verdes da cidade e ao zoológico. Greca, alguns meses após se instalar no gabinete principal do Palácio 29 de Março, em janeiro de 1993, idealizou consolidar essas linhas num grande itinerário que contemplasse os novos ícones da paisagem curitibana. Em sua primeira gestão foi também criada a Linha Volta ao Mundo, que percorria os parques e outros locais temáticos temáticos.

Com o edital exclusivo, a Linha Turismo, que hoje percorre um longo itinerário, poderá ser dividida em duas, ou até três, como informou Rodrigo Swinka. Inclusive, já há propostas neste sentido na Câmara Municipal.

Ainda sobre o tema: nesta Primavera, por decisão do prefeito Eduardo Pimentel, a tarifa da Linha Turismo custa R$ 6 para os moradores de Curitiba, mediante comprovação. Uma redução de 88% sobre os R$ 50 pagos pelos turistas. A promoção, que vigora desde 20 de outubro, vai até 18 de dezembro e vale de segunda a sexta-feira, exceto feriados e com pagamento pelo cartão transporte.

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