Oriente Árabe, os sabores dos 60 anos

Alguns pratos do rodízio do restaurante, uma seleção de frios e quentes/foto: Marcelo Krelling Fotografia

Ao cumprir 60 anos na cena curitibana, o restaurante Oriente Árabe, hoje ocupando há mais de duas décadas um casarão de estilo no Centro Histórico (r. Kellers, 95, esquina com Dr. Muricy) pode ser qualificado como um superclássico da gastronomia da capital paranaense. Não só pela idade, mas pelo padrão de qualidade de seu cardápio, onde despontam todas aquelas receitas de família, desde o trio de pastinhas – homus (creme de grão de bico), babaganuche (creme de beringela) e labneh (coalhada seca) – até a sequência de pratos quentes servida em sistema de rodízio com cerca de 20 pratos. No almoço executivo, de segunda a sexta, é possível montar o prato com uma seleção de exemplares da culinária árabe.

Para comemorar as seis décadas de sucesso, o proprietário do Oriente Árabe, Fernando Portella, resolveu fugir do tradicional e firmou parceria com o Senac Paraná, da qual resultou um desafio confeiteiro voltado à criação de uma sobremesa árabe inédita no restaurante.

Babousa, o bolo criado para celebrar as seis décadas/foto: Rafaela Lorenzen

O desafio fez parte do Projeto Integrador dos alunos do curso de Confeiteiro do Senac Curitiba Portão, que reinterpretaram doces tradicionais do Oriente Médio com ingredientes brasileiros e paranaenses.

Após uma imersão na cultura árabe e uma visita técnica ao restaurante, os estudantes apresentaram suas releituras diante de uma banca avaliadora que contou com a participação de Fernando Portella e de outros membros da equipe do estabelecimento.

A instrutora da turma, Celizet Albertini Kamei, destaca que cada Projeto Integrador envolve pesquisa, técnicas e desafios que estimulam a criatividade dos alunos: “Desta vez, nossa proposta foi conhecer os doces árabes e reinterpretá-los com ingredientes brasileiros e paranaenses. Os alunos provaram as receitas originais e, a partir delas, ajustaram suas releituras regionais, sempre respeitando a técnica e a essência da confeitaria árabe”.

Fernando Portella e o aluno do Senac João Henrique Kuroski, responsável pela criação da sobremesa/foto: Rafaela Lorenzen

Entre as criações da turma, a Basbousa — bolo de semolina embebido em calda, típico do Oriente Médio — ganhou uma versão especial pelas mãos do aluno João Henrique Kuroski com recheio de tangerina, camomila e erva-doce e uma calda com um ingrediente inusitado – erva-mate -, inspirada na história do restaurante e escolhida para representar este momento especial de celebração dos 60 anos do Oriente Árabe.

E, como forma de celebrar esse intercâmbio cultural e o aniversário de seis décadas, o Oriente Árabe oferece a sobremesa a todos os clientes que visitarem o restaurante até 10 de dezembro, de terça a sexta-feira, e pedirem qualquer prato principal.

“Ficamos muito felizes em ver o entusiasmo e o talento dos alunos do Senac ao reinterpretarem a confeitaria árabe. A sobremesa escolhida traduz perfeitamente o espírito do Oriente Árabe: respeito à tradição com um toque de inovação. É uma forma doce de comemorarmos nossos 60 anos junto com nossos clientes”, destaca Fernando Portella.

Fundado na década de 1960 pelo casal sírio Mohamed Moukhles Jamil Abdul Hak e Noria Heraki Abdul Hak, na esquina das ruas 15 de Novembro e Ébano Pereira, o Oriente Árabe é hoje um dos restaurantes mais tradicionais de Curitiba. Conhecido por receitas originais passadas de geração em geração e pela atmosfera que remete ao Oriente Médio, o espaço também mantém viva a tradição das apresentações de dança do ventre, que ocorrem aos sábados a partir das 21h.

A casa atende de terça a sábado, das 11h às 23h e aos domingos, até às 15h30.

(Com informações de No Ar Comunicação)

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