O histórico caminho das tropas, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, a Sorocaba, São Paulo, ao longo do qual surgiram muitas cidades, hoje importantes, fruto do necessário pouso dos tropeiros, está sendo refeito por uma comitiva de empresários paulistas, montados em muares (mulas e burros).
O escritor Carlos Roberto Solera, grande pesquisador da temática tropeira, hoje radicado em Urupema, Santa Catarina, mas com forte atuação em São Luiz do Purunã, no Paraná, lugar que nos idos do século 18 integrou a rota dos tropeiros, informa que a comitiva paulista estará nesta quarta-feira no Instituto Purunã.
“Às 10h, os integrantes do grupo serão recebidos com um café pelo prefeito de Balsa Nova, secretários municipais, vereadores, conselheiros do Instituto Puruna e da comunidade. Diz Solera: “Às 11h será feito um ato oficial com mesa de autoridades presentes e das 11h30 às 12h40 horas faremos una breve apresentação dessa página histórica de tempos antigos que fez com que nosso Purunã fosse ponto importante na trajetória colonial e imperial do Brasil, mas que acabou relegada pelos historiadores do Paraná e que desde 1990 a gente vem buscando ‘relembrar’”.
“A tarde integrantes da Comitiva visitarão nossa escola municipal e a estadual, e farão um bate papo com alunos e professores, contando as histórias que eles têm vivido nestes quase dois meses de tropeada (desde 1 de setembro, partindo de Cruz Alta/RS) rumo a Sorocaba e incentivando-os ao estudo de nossa história. A tarde a Comitiva seguirá até a fazenda Cainã, onde o Marcio Vecchi oferecera pouso para a tropa e tropeiros”.
O percurso que está sendo cumprido pela comitiva paulista soma 1.700 quilômetros e a viagem – programada há quatro anos – vai durar 70 dias. É feita em etapas no lombo das mulas e burros. Dois caminhões – um motorhome – a uma caminhonete dão suporte ao grupo.