
Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, é o foco do plano diretor da rede de hotéis Mabu para os próximos cinco anos. Ali, o grupo hoteleiro paranaense tem o Mabu Thermas Grand Resort, o My Mabu, clube de férias por multipropriedade, e o Blue Park, inaugurado em 2018, um dos cinco maiores parques aquáticos do Brasil, com praia com ondas, e que agrega, a cada dois anos, novas atrações; a mais recente é o Super Maverick, com uma boia para duas pessoas que desliza por uma rampa circular de 18 metros de altura.
No entorno da grande área já ocupada pelo complexo – adquirida há dezenas de anos pelo empresário com a marca do pioneirismo, Antônio Abujamra – há, ainda, grandes espaços próprios a serem ocupados – mais de 300 mil metros quadrados -, o que projeta cenários possíveis como uma vila olímpica, uma nova unidade hoteleira com bangalôs e até um centro comercial, como informa o diretor de Marketing e Qualidade do Grupo, João Biancardi, na empresa há um ano.

Fundada em 1953, a rede hoteleira começou com o Mabu da praça Santos Andrade, em Curitiba, hoje chamado Mabu Curitiba Business. Depois de um longo período sob administração familiar, a gestão do Grupo foi profissionalizada em 2010, com o sistema de Governança Corporativa.
Hoje, no comando, estão dois CEOs – Luciano Motta, para hotelaria e o Blue Park, e Raimundo Pimenta, para o segmento de multipropriedade -, além de sete diretores setoriais; o Conselho de Administração é também integrado por membros da família.
O CEO Luciano Motta destaca que “nosso negócio é servir com excelência. É criar conexão emocional com quem nos visita. O turismo muda com o tempo. O que não muda é a importância de colocar o cliente no centro. Esse sempre foi nosso norte.”
Embora com altos índices de ocupação, de hóspedes de lazer e de negócios – em 2024, os hotéis sediaram mais de 70 grandes eventos -, João Biancardi diz que o Grupo pretende ampliar a prospecção de hóspedes em países como Argentina e Paraguai – grandes emissores para o destino Foz -, além de consolidar a promoção junto a cidades paulistas e mesmo ao interior do Paraná.

Além dos canais normais, como agências de viagens, as vendas online estão sempre no foco do Grupo e a estratégia, como informa Biancardi, é construída com base em conteúdos relevantes, canais sociais, blog, marketing de influência, relações públicas e campanhas estruturadas que impactam diferentes perfis de público — desde quem ainda está descobrindo o destino até aqueles que aguardam o momento certo para comprar. Os resultados são expressivos: em 2025, a receita proveniente exclusivamente do canal site alcançou R$ 23,4 milhões até maio, ultrapassando a meta do período (R$ 22,8 milhões) e projetando um faturamento total acima dos de R$ 35 milhões no ano.
Outra ação que direciona para a hospedagem no Mabu é a parceria com equipamentos turísticos e culturais de Foz do Iguaçu para promoção do destino e o anúncio da implantação do Museu Pompidou na cidade é sinal de novo incremento futuro na receita. A meta do Grupo Mabu é dobrar sua estrutura até 2030 e triplicar os resultados financeiros.
Nos últimos três anos, o Grupo Mabu acelerou sua transformação digital, consolidando-se como referência em inovação dentro de um setor tradicional como a hotelaria. A adoção do reconhecimento facial no Blue Park — pioneiro no Brasil — e a criação da MIA, assistente virtual com IA, são apenas algumas das iniciativas que vêm mudando a forma como o grupo se relaciona com seus clientes. A MIA, por exemplo, atende 24h por dia, soluciona cerca de 80% das dúvidas em tempo real e atua como elo entre experiência e eficiência.
Afora isso, a rede não se descuida da manutenção e modernização das entidades. O Mabu Curitiba Business deverá passar em breve por um amplo processo de revitalização.