Livro indica possíveis rotas asiáticas até o Brasil

A narrativa de O Berço do Sol mergulha na caminhada sagrada dos Guarani-Mbya até o Oceano Atlântico/fotos: Divulgação/Básica

Na terça-feira 29 de julho, às 19h, será lançado, no Instituto de Engenharia do Paraná/IEP (r. Emiliano Perneta, 174, Centro, Curitiba), o livro O Berço do Sol, obra do pesquisador, fotógrafo e escritor Fabiano Schroden, publicada pela Editora Grumete.

O evento terá palestra do autor recheada de revelações históricas e científicas e uma roda de conversa com a presença do cacique Dionísio, proporcionando uma experiência imersiva e reflexiva sobre a ancestralidade, a espiritualidade e os caminhos esquecidos da história sul-americana.

O livro, com prefácio do ex-prefeito Rafael Greca, é fruto de mais de duas décadas de pesquisas, viagens e escuta profunda aos povos originários e comunidades tradicionais. Schroden percorreu uma rota surpreendente que parte do litoral do Paraná e se estende até os Andes, passando pela Amazônia e sítios arqueológicos no Peru, revelando uma narrativa silenciada: a possível chegada de povos asiáticos à América do Sul — uma hipótese distante do ensino tradicional, mas sustentada por vestígios, registros e histórias orais.

O primeiro volume é apenas o início de uma trilogia. O segundo está previsto para outubro e o terceiro para dezembro, aguardando resultados de datação por Carbono-14 realizados pela Universidade Federal Fluminense. A pesquisa envolve construções misteriosas no litoral paranaense, anteriores à presença jesuítica, feitas com técnicas desconhecidas pelas etnias brasileiras.

O escritor Fabiano Schroden lança mais dois volumes da obra até dezembro

A narrativa de O Berço do Sol mergulha na caminhada sagrada dos Guarani-Mbya até o Oceano Atlântico, revelando conexões entre os Andes e o litoral brasileiro. Um dos momentos mais marcantes da pesquisa foi o teste de DNA realizado com o cacique Dionísio, buscando traços de linhagem oriental que poderiam confirmar antigas travessias marítimas vindas do Pacífico.

Schroden alia tecnologia genética à tradição oral, sempre com profundo respeito à cultura e espiritualidade dos povos originários. Seu trabalho é guiado por uma ética documental e pela vivência direta com os territórios estudados. “Esse momento, em que lhe é confiada uma antiga história da tradição de um povo, é o momento mais sagrado de todo o trabalho”, diz.

Mais do que uma investigação histórica, O Berço do Sol é um mergulho poético em um tempo adormecido, onde ecoa a memória de civilizações esquecidas. A obra propõe uma viagem única por uma página arrancada da história da humanidade — com o sonho de que, ao virar cada página, nos aproximemos um pouco mais do nosso verdadeiro berço.

(Fonte: Básica Comunicação)

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