Dezenove vereadores de Curitiba demonstraram bom senso e garantiram a não-aprovação do projeto de lei que tinha o objetivo de liberar o uso do celular nas agências bancárias da capital paranaense. Doze votaram a favor e quatro se abstiveram.
Na primeira votação, dia 20 de março, houve empate de 13 a 13, mas o presidente da Casa deu o voto de Minerva em favor da aprovação.
Perdeu uma oportunidade de ficar quieto, talvez pelo noviciado no cargo: chegou a presidente com apenas dois anos de mandato em sua primeira eleição. Coisas da política.
Fica a pergunta: a serviço de quem estava a vereadora autora da proposição, que sofreu forte oposição do sindicato dos vigilantes e dos bancários, mas tinha todo o apoio da poderosa federação dos bancos?
O que leva uma vereadora a, sem mais nem menos, mexer com o que estava bem e já havia sido assimilado pela população, uma lei que só veio em benefício da segurança dos clientes, antes sujeitos a ações de bandidos com cúmplices fora da agência?
Com tanta coisa de importante a fazer pela cidade, por seus habitantes, um projeto sem pé nem cabeça como esse tomou longas horas de discussão nos dois turnos de votação. Pura perda de tempo, dinheiro e paciência.
Pensei que o tal partido novo, ao qual pertence a vereadora, tivesse sido criado para mudar a política, como apregoaram seus fundadores aos quatro cantos.
Triste constatação.