Homenagem a uma mulher “muito à frente do seu tempo”

Liamir, com a filha Leila: Curitiba ganha novo Vulto Emérito/foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Aos 100 anos, completados em fevereiro, a escritora Liamir Santos Hauer recebe, nesta quinta-feira 11, o título de Vulto Emérito de Curitiba, outorgado pela Câmara Municipal, que converteu em lei o projeto apresentado pelo vereador Mauro Inácio. A homenagem, que será transmitida pelas redes sociais do legislativo, terá como local o Palácio Rio Branco, a partir das 19h30.

O título de Vulto Emérito é a maior distinção que uma pessoa nascida em Curitiba pode receber da Câmara. A honraria foi criada em 1963 (lei municipal 2.255/1963, já revogada) para “perpetuar na memória coletiva da cidade, personalidades que tenham honrado e dignificado na prática de fatos concretos de expressão utilitária”. Atualmente, o título é regulamento pela lei complementar municipal 109/2018.

Liamir, figura bastante conceituada na cidade, filha do casal de escritores Dario Nogueira dos Santos e Pompília Lopes dos Santos, é também escritora: entre suas obras estão “O Circo” e “O Circo pegou fogo”. Ela também é enxadrista, foi trapezista circense e escriturária concursada do governo paranaense. Atuou na Biblioteca Pública do Paraná, na Escola de Música e Belas Artes, no Centro Audiovisual e na Biblioteca do Colégio Estadual Professor Guido Straube.

Foi casada em primeiras núpcias com o advogado Ernani Santiago de Oliveira, prefeito nomeado de Curitiba durante sete meses, entre abril e novembro de 1954 (passou o cargo ao prefeito eleito Ney Amintas de Barros Braga), o que a alçou à condição de primeira-dama da capital paranaense.

A homenageada é ainda integrante do Centro de Letras do Paraná, do Centro Paranaense Feminino de Cultura, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, da Academia de Cultura de Curitiba, da Soberana Ordem do Sapo e da Academia Feminina de Letras do Paraná.

O vereador Mauro Inácio, ao propor a homenagem, qualificou-a de “mulher muito à frente de seu tempo. Mulher determinada, extrovertida, sem medo de desafios. Estamos falando da década de 1930. (…) Foi uma das primeiras mulheres a dirigirem em Curitiba. (…) Manteve a CNH e dirigiu por Curitiba até os 93 anos de idade.”

(Com informações da Assessoria de Imprensa da CMC)

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