Irene Ravache, às vésperas dos 80, volta aos palcos de Curitiba

“Alma Despejada” terá três sessões no Teatro Fernanda Montenegro/fotos: João Caldas

Depois de temporada de sucesso em São Paulo, um dos mais comentados espetáculos da carreira da premiada atriz Irene Ravache, “Alma Despejada”, chega a Curitiba. Com direção de Elias Andreato e texto exclusivo e produção de Andréa Bassitt, a peça, que faz o uso do bom humor e da delicadeza para lidar com a vida e a morte, conta a história de Teresa que, depois de morta, visita sua casa pela última vez, pois o imóvel foi vendido e sua alma despejada.

Ganhador do Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Texto (Bassitt) e Melhor Atriz (Ravache), “Alma Despejada” contará com três sessões na capital paranaense, de 1º a 3 de março, às 20h, na sexta-feira e no sábado, e às 19h, no domingo, no Teatro Fernanda Montenegro, (shopping Novo Batel/r.. Cel. Dulcídio, 517,Batel). Os ingressos já estão à venda pelo Disk Ingressos, a partir de R$ 70 (meia-entrada) + taxa.

Em “Alma Despejada”, durante sua última visita, Teresa lembra de momentos de sua vida, de histórias e de pessoas importantes, como Neide, funcionária da família por mais de 30 anos, e de Dora, sua grande amiga da juventude. Apaixonada por palavras, Teresa seguiu a carreira de professora e teve dois filhos com Roberto, um homem simples e trabalhador que se tornou um empresário bem-sucedido e mudou o rumo de sua história.

Os espectadores acompanham o que parece ser uma história trivial, mas com uma trajetória surpreendente devido à teatralidade do premiado texto de Andréa Bassitt, que ganhou versão impressa em 2020, pela Editora Giostri.

“Eu fiquei fascinada com esse texto e sua poesia. É muito delicado e fala da memória de uma mulher na minha faixa etária. Mesmo sabendo que a personagem está morta, não é uma peça triste, pesada ou rancorosa, fala muito mais de vida que de morte. Eu adoro esse tipo de possibilidade que o teatro oferece. E não tenho medo de misturar essas coisas, porque isso faz parte da vida. Nossa vida não é linear. Ela tem essas nuances”, confessa Irene Ravache.

“Essa mulher é apresentada diante de sua própria vida, e, a partir dessa visualização, encontra o entendimento da sua existência. É como se precisássemos abandonar a matéria para sermos conscientes de nós mesmos”, reflete o diretor Elias Andreato.

Irene Ravache, uma das divas consagradas do teatro brasileiro

Prestes a completar 80 anos em agosto, Irene Ravache se consolida como uma das grandes formadoras de plateia de sua geração, atuando em mais de 23 espetáculos significativos no cenário nacional, sempre buscando valorizar a palavra e a mulher, se destacando em textos de autoras como Maria Adelaide Amaral, Leila Assunção, Marta Góes, entre outras.

Em sua trajetória, buscou trabalhar com diretores jovens com a finalidade de conhecer e se atualizar em novas visões e linguagens, como fez com William Pereira, em “Uma Relação Tão Delicada” e, com Regina Galdino, em “Intimidade Indecente”. Entre alguns dos vários espetáculos teatrais de grande destaque, Irene Ravache subiu aos palcos em “De Braços Abertos”, de Maria Adelaide Amaral, “Roda Cor de Roda”, com direção de Antônio Abujamra e “Os Filhos de Kennedy”, dirigido por Sérgio Britto.

Na televisão desde 1965, já atuou em mais de 44 projetos, como “A Viagem” e “O Profeta”, na extinta Rede Tupi, em “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, na Rede Manchete, “Éramos Seis” e “Sangue do Meu Sangue”, no SBT, “Marcas da Paixão” na Record TV, além de “Gerra dos Sexos”, “Ti Ti Ti”, “Suave Veneno”, “Belíssima”, “Passione”, “Sassaricando” e “Eterna Magia”, na Rede Globo, sendo que nesta última foi indicada ao Emmy Internacional. No cinema foram 17 filmes, entre eles os recentes “Passagrana” e “O Clube das Mulheres de Negócios”, além disso, atuou no streaming na série “Sob Pressão”, da GloboPlay.

Para mais informações sobre o espetáculo “Alma Despejada”, acesse as redes sociais oficiais  pelo Instagram @almadespejada e pelo Facebook/AlmaDespejada.

(Fonte: TIP Performance de Mídia)

 

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