Mário De Mari (1922-2019)


Mário de Mári, engenheiro, empresário e artista plástico/foto: Enéas Gomez

Um cidadão que, a par de suas atividades profissionais como engenheiro, empresário e líder classista, e depois de exercer importantes cargos, dedicou-se durante muitos anos a ações voluntárias de grande significado social, como orientador de cursos para trabalhadores da construção civil e de programas de hortas comunitárias em escolas públicas e associações de bairro.

Assim era o engenheiro civil Mário De Mari, que morreu nesta quarta-feira 27, em Curitiba, aos 97 anos de idade. Convivi com ele em muitas ocasiões no Instituto de Engenharia do Paraná, onde fui por 16 anos assessor de imprensa e que De Mari presidiu de 1957 a 1959; sua gestão teve participação efetiva na construção do edifício-sede da entidade, na rua Emiliano Perneta.

Outra faceta dessa figura sempre cordial e simpática foi sua dedicação à pintura (frequentou o curso livre de Composição e Pintura da Escola de Belas Artes de Houston, Texas, EUA), hobby que desenvolveu por mais de seis décadas, tendo participado de inúmeras exposições. Quadros seus estão em vários países da Europa e das Américas.

Mário De Mari, da turma de 1946 da Faculdade de Engenharia do Paraná, nasceu em Curitiba em 6 de setembro de 1922. Ainda no curso pré-universitário, começou a trabalhar como ajudante de engenheiro na Prefeitura de Curitiba, passando depois a topógrafo, até, já diplomado, ser promovido a engenheiro.

Ao final da gestão do prefeito Ney Braga (1954-1858), na qual implantou e foi o primeiro diretor do Departamento de Planejamento e Urbanismo (atual Secretaria Municipal de Urbanismo e que cumpria também o papel anos depois conferido ao Ippuc/Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), pediu demissão para dedicar-se à iniciativa privada.

Foi proprietário, diretor e responsável técnico de uma grande empresa de engenharia – Lindemberg De Mari -, que chegou a ter mais de dois mil trabalhadores e 15 engenheiros e arquitetos. Grandes obras suas, edifícios residenciais e industriais, estão espalhados por vários estados brasileiros.

Foi diretor financeiro da Codepar (Companhia de Desenvolvimento do Paraná), depois Badep, que também presidiu.

Na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), que presidiu de 1968 a 1974, foi depois o coordenador do Conselho de Responsabilidade Social.

Seu sepultamento será nesta quinta 28, às 11h, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.

 

 

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