MON abre nesta quinta mostra sobre a obra de Bakun

Cais do Porto de Paranaguá, óleo sobre tela, uma das obras expostas/fotos: Cadi Busatto

Abre nesta quinta-feira 20, na sala 11 do Museu Oscar Niemeyer/MON (Centro Cívico, Curitiba) a exposição “Miguel Bakun: O Olhar de uma Coleção”. Na sexta, 18h30, no auditório Poty Lazzaroto do museu, será realizada mesa-redonda sobre a obra do artista, com o colecionador Walter Gonçalves, a curadora Eliane Prolik e os críticos e historiadores de arte Ivo Mesquita e Ronaldo Brito

Obras de Bakun que fazem parte do acervo do Museu Oscar Niemeyer poderão ser vistas num diálogo com dezenas de desenhos e pinturas, boa parte inédita ao grande público, que pertencem à coleção particular de Walter Gonçalves. No total, a mostra reúne cerca de 60 pinturas e desenhos.

Para Luciana Casagrande Pereira, secretária de Estado da Cultura, Miguel Bakun é um nome incontornável na história da arte paranaense e brasileira: “Sua obra, marcada por uma sensibilidade única e um olhar profundo sobre o cotidiano, segue inspirando gerações, e esta exposição em especial reforça o compromisso do MON em valorizar e difundir o legado de nossos artistas, proporcionando ao público um encontro com a potência criativa de Bakun”.

O conjunto da obra, além de ser visto nesta exposição, também se transformou num livro sobre o artista, que será lançado na sexta-feira, com textos que abordam a sua produção pictórica e gráfica, de autoria de Adolfo Montejo Navas e Ronaldo Brito.

A curadora Eliane Prolik explica que o entendimento e o hábitat da obra de Miguel Bakun são objetivos desta mostra: “Através de sua pintura e desenho, Bakun expressa as particularidades de uma percepção de mundo curiosa e gentil diante da natureza e, ao mesmo tempo, evidencia uma potência criativa inusitada por meio de impetuosas e ritmadas pinceladas ou grafismos presentes na fatura de seus trabalhos”.

O colecionador Walter Gonçalves informa que na exposição estão presentes 25 pinturas e 24 desenhos de Bakun que se somam a cinco pinturas do acervo do Museu Oscar Niemeyer. “É importante que coleções particulares sejam oferecidas ao público e participem no processo do tornar a arte mais visível e significativa”, diz ele.

Miguel Bakun, um dos pioneiros da Arte Moderna no Paraná

Descendente de eslavos, Miguel Bakun (1909-1963) nasceu em Marechal Mallet (PR). Pintor e desenhista autodidata, é considerado um dos pioneiros da Arte Moderna no Paraná. Ingressou na Escola de Aprendizes da Marinha, em Paranaguá, em 1926. Dois anos depois, já na Escola de Grumetes do Rio de Janeiro, em 1928, conheceu o marinheiro e artista José Pancetti, que o incentivou a desenhar. Desligado da Marinha, voltou a Curitiba em 1930, onde exerceu diversas profissões, além de dedicar-se à pintura.

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