
Um local que começou da necessidade de um colecionador de garrafas de cachaça, que já somava cerca de quatro mil exemplares acondicionados em caixas e exigindo de seu proprietário – Orlando Osmar Regis – um local adequado para expor o acervo, foi o ponto de partida para o que hoje é um amplo espaço de 900 metros quadrados, divididos em três andares, com um nome bastante sugestivo: Templo da Cachaça, que em março comemora seu primeiro ano de funcionamento. Fica no bairro Uberaba (av. Salgado Filho, 3156).
Regis conta que da exposição criou-se um ambiente com mesas para degustações e o lugar acabou se transformando num centro de eventos e de jantares mensais harmonizados, reunindo amigos e entusiastas da cachaça de qualidade. Ao mesmo tempo, a coleção do museu foi crescendo: hoje, são seis mil rótulos, dois mil dos quais produzidos em diversas épocas: dos anos 1950 até os 1980.
Quando os frequentadores se interessaram em comprar os produtos, Régis providenciou barris de envelhecimento, criando marcas próprias e oferecendo à venda mais de dois mil rótulos. O espaço acabou se tornando uma verdadeira fonte de conhecimento técnico e sensorial para os apreciadores da bebida. Há material de estudos com degustações orientadas, cursos, exemplares raros, livros e muito networking de pessoas interessadas em cachaça para compartilhar ideias e conhecimento.

“Nosso objetivo principal é divulgar e vender cachaças de qualidade. Democratizar o consumo da cachaça e seu uso na coquetelaria, além de contarmos um pouco da história das melhores cachaças do Brasil”, explica o criador do Templo.
Lucia Regis, esposa do Orlando e sócia-proprietária da casa, explica que o preço das cachaças varia de acordo com o método de produção, tempo de envelhecimento e técnicas utilizadas. Também entram nesta conta a embalagem, rótulo e divulgação: “Considerando somente as cachaças artesanais, há na loja exemplares de 40 reais até cerca de 3 mil reais. Mas há exemplares raros, para colecionadores, cujo preço varia sem limite, de acordo com a raridade e características específicas”.
O Templo/Cachaçaria Regui Brasil também promove aulas show com a curadoria da mixologista e master distiller Cissa Mariah, CEO do Grupo by CM e bartender da casa. Entre os diversos cursos e formação de Cissa, está o de especialista em “Cachaças e Madeiras”, pela LABM de Minas Gerais – um dos laboratórios mais renomados do país. Há também um pequeno alambique para o visitante visualizar e entender o processo de fabricação da cachaça.
Para visitas ao museu – terça a sexta-feira, das 13h às 18h; sábados, das 10h às 18h -, é necessário agendar. O preço, R$ 30 por pessoa, pode ser revertido em até 10% de desconto nas compras individuais efetuadas no dia pelo visitante.