Obras recém-concluídas no Viveiro das Araras do Parques das Aves, em Foz do Iguaçu, permitem aos turistas uma visão mais próxima da atração, mas, também, foram pensadas para proporcionar um bem-estar maior às aves.
O viveiro com araras é o maior da América do Sul, com 60 metros de comprimento, 15 de largura e 12 de altura, e abriga 104 moradoras, entre elas a arara-canindé, a arara-azul e a arara-vermelha, entre outras espécies de muita beleza.
O parque é um refúgio único de preservação das aves que habitam a Mata Atlântica.
No viveiro, foram instalados novos poleiros feitos de materiais orgânicos sustentáveis, comedouros – que recebem mistura de sementes em três horários: 10h, 14h e 16h – e bebedouros.
Dez plataformas com abrigos e ninhos foram melhoradas e reposicionadas, permitindo privacidade e conforto para as araras.
A diretora geral do Parques das Aves, Carmel Croukamp, explica as melhorias: “A equipe do Parque das Aves estudou os fatores que elevam a qualidade de vida das araras, como também os momentos-chave de encanto para turistas. O estudo nos fez repensar completamente o desenho interno do viveiro: agora, os voos rasantes que as araras dão sobre nossas cabeças são complementados por oportunidades de ver as araras muito mais de perto”.
Carmel destaca que o recinto foi construído usando as técnicas sustentáveis que o Parque das Aves sempre pratica, de forma artesanal e que evita derrubar árvores, procurando reproduzir o habitat natural dessas espécies: “A qualidade do viveiro, junto com o tamanho do espaço, reflete no bem-estar das aves, algo que os visitantes sempre sentiram e sabiam apreciar”.
Segundo Carmel, a visita ao viveiro é considerada um dos pontos altos do passeio e o objetivo é proporcionar uma boa experiência sensitiva e educacional ao turista.
Ben Phalan, chefe do Núcleo de Conservação do Parque, lembra que algumas espécies de araras podem ser dispersoras importantes de sementes: “Após a extinção de grandes mamíferos no Brasil, há milhares de anos, as aves maiores assumiram o papel de dispersoras de sementes grandes na natureza. E essas sementes são importantes porque geram espécies de árvores que poderiam ter dificuldades caso as araras não realizassem esse importante papel ecológico na natureza”.
E destaca: “Dignas de admiração pela notável beleza de suas cores, as araras sempre despertaram grande interesse nos seres humanos. As principais ameaças para populações de araras são a captura de indivíduos para abastecer o comércio ilegal de animais silvestres e a destruição de seu habitat natural. Possibilitando esse encontro entre pessoas e essas incríveis aves no Viveiro das Araras, queremos sensibilizar o público para que as protejam”.
(Com informações do Destino Iguaçu/Roma Comunicação)