Três escolas municipais de Curitiba – Mirazinha Braga, Caramuru, e Batel – e uma instituição cultural – a Casa Heitor Strocker de França, administrada pelo Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) – foram os locais escolhidos pelo projeto circuito Muchas Minas para ostentar cinco telas de mulheres artistas, ‘dentro do propósito de acrescentar arte e cultura à cidade’.
Na Escola Municipal Caramuru, no Cabral, a artista Cris Pagnoncelli retrata a temática do ODS 13 – ação contra a mudança no clima; na Escola Municipal Mirazinha Braga, no Bom Retiro, a artista Carol Lemes executou obra referente à temática do ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis; na Escola Municipal Batel, a artista Bruna Pereira faz sua intervenção com base na temática da ODS 1 – erradicação da pobreza.
Na Casa Heitor Stockler de França, no centro de Curitiba, as artistas Luciana Gnoato e Marie Balbinot executaram os paineis com base no ODS 5 – Igualdade de Gênero e ODS 2 – Fome Zero. As dimensões das obras vão de 20 a 40 metros quadrados.
Muito mais que uma ação decorativa, o projeto centra-se nas 17 ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, pautados pela ONU para cumprimento da Agenda 2030, do Pacto Global. Com o Circuito, os temas das ODS são levados à comunidade local de forma vibrante e com fácil entendimento.
A ideia é implementada pelo Sesi Cultura Paraná, conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e das Tintas Vergínia, com realização de Giusy de Luca e Michele Micheleto, da Mucha Tinta Produções Culturais para a frente de trabalho Muchas Minas. Os espaços foram escolhidos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação por terem grande circulação de pessoas, em especial, jovens e crianças, que estão em formação de seu repertório intelectual e cultural.
A escolha de artistas mulheres não é um acaso. A articuladora e artista Carol Lemes sugeriu enaltecer o papel das mulheres na arte de rua, que é uma das propostas do Muchas Minas, realizadora do projeto. O Circuito será registrado pela video maker Luana Muniz em vídeo, ao final das intervenções.
Para a gerente de Cultura do Sistena Fiep, Anna Zétola, “nesse momento em que vivemos trancados em casa em nossas ilhas de teletrabalho, a proposta é trazer um brilho no olho, um lugar para contemplar e sentir a arte com toda a segurança que os protocolos sanitários contra Covid exigem, mas na rua a céu aberto. Esse projeto promove o acesso a arte na rua, permitindo as pessoas contemplar num ambiente aberto, livre, extremamente democrático, o artista direto com seu público sem intermediações.”
A gerente executiva de projetos institucionais do Sistema Fiep, Maria Christina Rocha, destaca: “A cultura é a chave para o desenvolvimento sustentável, sendo que por trás de cada ODS existem várias manifestações culturais. A cultura, por exemplo, tem um importante papel na redução das desigualdades por meio de ações que promovam a diversidade e pluralidade.”