Momentos de vaidade

 

Engenheiro civil e economista diplomado pela Universidade Federal do Paraná em 1948 e 1960, respectivamente, Adhail Sprenger Passos cumpriu brilhante carreira política no Paraná, sempre com a marca da competência e da integridade.

Paranaense de Guarapuava, nasceu em 12 de fevereiro de 1924 e morreu em Curitiba em 21 de dezembro de 2003, aos 79 anos.

Foi engenheiro do Ministério das Comunicações, lotado no Serviço de Engenharia dos Correios, no Paraná; professor da UFPR e da PUCPR; diretor técnico do Instituto Nacional de Imigração e Colonização, no Rio de Janeiro e Brasília; assessor técnico da antiga Codepar, depois Badep; coordenador do Plano de Desenvolvimento do Paraná (Pladep), entre vários outros cargos e encargos.

Filiado ao antigo PDC (Partido Democrata Cristão) do então governador Ney Braga, depois fundador do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), foi vereador em Curitiba por quatro legislaturas, a partir de 1969; deputado estadual eleito em 1982; vice-prefeito de Curitiba na gestão de Roberto Requião (1986-1988); secretário de Estado da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato de Requião como governador.

Era um técnico de alta competência e seriedade, qualidades traduzidas nos projetos de lei que apresentou, ao longo dos anos, nos legislativos municipal e estadual. Mas tinha lá suas vaidades, como quase todos.

Ao seu tempo de vice-prefeito, Adhail Passos foi nomeado presidente do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba).

Antigos auxiliares de Requião na Prefeitura contam que, a cada viagem do prefeito, pelo menos nas mais longas, Adhail telefonava para o gabinete e perguntava: ‘O prefeito já viajou?’

E diante da resposta afirmativa, deixava rapidamente sua sala no Ippuc, no bairro Juvevê, rua Bom Jesus, e se instalava solenemente no gabinete do Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura, no Centro Cívico.

E despachava como prefeito.

 

 

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