O dublê de empresário e cônsul Luiz Celso Branco, dono do shopping Novo Batel, garante que agora vai: pretende colocar em operação, em pouco tempo, o hotel que construiu há uns vinte anos ao lado do shopping e que até agora só hospedou moscas. Não é a primeira vez que revela otimismo. Diz que há três grupos hoteleiros internacionais interessados no espaço. É esperar para ver.
Curitiba perdeu, nos últimos tempos, três hotéis: um Mercure, da rede Accor, na rua Emiliano Perneta; o Radisson Plaza Rayon, na rua Visconde de Nácar; e o Garden, na rua Ébano Pereira, 405.
O Rayon estava sendo administrado, desde janeiro de 2016, pela Vert Hotéis, hoteleira de Minas Gerais. Desentendimentos entre a direção da Vert, presidida pela empresária Érica Drummond, e o dono do imóvel, o empresário paranaense Douglas Borcath, motivaram a rescisão do contrato. A parceria durou 10 meses. Borcath teria planos de continuar por conta própria, como já fez no passado.
O fim do Garden Curitiba Hotel deu-se pelo falecimento precoce de seu proprietário, o empresário Carlos Alberto Kuster Grocoske, em 21/9/2016. No Garden, um simpático duas estrelas, Grocoske inovou na arte de bem receber os hóspedes: oferecia, na chegada, uma taça de gengibirra, o refrigerante-símbolo de Curitiba, num ato de boas-vindas, e disponibilizava cartões postais da cidade para que as pessoas pudessem enviá-los a parentes e amigos. Criou, ainda, um farto café da tarde, que se constituiu em outra marca registrada do hotel.
Era, também, um colecionador de carros antigos. Anualmente, produzia um belíssimo calendário, onde cada mês era contemplado com um modelo diferente de veículo, histórico, exemplares próprios e de seu grupo de amigos, que reunia periodicamente em sua residência.
Com a retirada da família, o imóvel, de propriedade do empresário Herculano Iglesias, foi arrendado pelo grupo Madero, do chef Junior Durski. Será hospedaria dos funcionários, que hoje moram em vários imóveis alugados.