Poucos dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, em meados de julho, uma comitiva do Centro Nacional de Arte e Cultura George Pompidou, da capital francesa, liderada pelo seu presidente, Laurent Le Bom, esteve em Foz do Iguaçu. O motivo: a possibilidade da construção, na terra das cataratas, de uma filial daquela famosa instituição do 4º arrondissement de Paris.
O projeto teria a participação do governo do Paraná e a localização seria vizinha do Centro de Convenções de Foz. A ideia é de uma construção com 10 mil metros quadrados, que abrigaria diversas manifestações culturais ao mesmo tempo em que incentivaria a produção cultural da região. Seria a primeira unidade do Centre Pompidou na América Latina.
Como o Arco do Triunfo, a Torre Eiffel, o Museu do Louvre, o Jardim de Luxemburgo, a catedral de Notre Dame e tantos outros monumentos de Paris, o Centro Georges Pompidou situa-se entre os famosos pontos de interesse de Paris. Lugares turísticos. Até lugares-comuns. Para quem nunca foi, visita obrigatória. Para os que gostam, nunca é demais repeti-la. É um dos espaços mais visitados da Cidade-Luz.
Assim, enquanto o projeto de Foz do Iguaçu não sai do papel, o Centro original continua sendo uma atração, pois, além de seus elementos permanentes, o lugar está sempre se renovando, desde sua inauguração em 1977. O nome é uma homenagem ao presidente francês entre 1969 e 1974. O projeto é dos arquitetos Renzo Piano, italiano, e Richard Rogers, britânico, e se insere na chamada “arquitetura high-tech” pelas suas linhas arrojadas, que incluem aqueles tubulões coloridos, assim como os elevadores e escadas rolantes também multicores, todos situados na parte externa do edifício, e que o identificam rapidamente.
No Georges Pompidou está o Museu Nacional de Arte Moderna ao lado de outros espaços dedicados ao design, à arquitetura, à fotografia e às novas mídias. No total, são mais de 70 mil obras e as coleções são regularmente renovadas. No acervo, Picasso, Matisse, Chagall, Miró, Dali, Mondrian e tantos outros. Há também um centro para música e pesquisas acústicas e uma biblioteca pública gratuita, onde é impressionante o número permanente de pessoas – estudantes, turistas, curiosos – em busca de informações nas dezenas de bancadas com computadores instaladas em um grande salão, em um dos pavimentos. E há programação de cinema, dança, música e um amplo espaço dedicado às crianças.
Outra atração do Centro Pompidou é um anexo, subterrâneo – o Atelier Brancusi -, que reúne o acervo do artista plástico romeno Constantin Brancusi, que recria os ambientes de seus antigos endereços na rue du Montparnasse e na rue d’Odessa, ambos do começo do século 20.
Chega-se ao local pelas linhas do metrô Rambuteau, Hôtel de Ville e Châtellet; e de ônibus, linhas 29, 38, 47 e 75. Os ingressos para o Centro custam a partir de 12 euros.