Os significadores do insignificante

Efigênia e Hélio: expo conjunta com 260 obras/fotos: Wagner Roger

Foi prorrogada até 23 de abril a exposição inédita de dois artistas paranaenses: Efigênia Rolim e Hélio Leites, que exibem uma coleção de 260 obras na sala 8 no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR), no momento funcionando no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, enquanto sua sede é revitalizada. A mostra chama-se “Os significadores do insignificante” e pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 17h30, com permanência até 18h.

O projeto, de autoria de Estela Sandrini, tem curadoria de Dinah Ribas e Maria José Justino e celebra vida e obra dos artistas, que utilizam matéria-prima em comum: o resíduo e a sucata, transformados em arte, poesia, alegria e histórias, seja por meio de um papel de bala ou de uma lata de atum.

Desde sua inauguração, em 10 de dezembro, Hélio Leites está recebendo os visitantes nas quintas-feiras, às 15h; nas quartas a entrada é gratuita, com oficinas abertas ao público dias 5 e 19 de abril, das 14h às 16h30. Algumas obras possuem recursos de acessibilidade como audiodescrição para pessoas surdas e libras para quem possui baixa visão.

Está disponível também um tour virtual 360º online (https://www.tourvirtual360.com.br/monos), e um documentário sobre Efigênia Rolim, além de distribuição gratuita de catálogos, com imagens e textos críticos, em papel reciclado, seguindo a ideia do reaproveitamento de material. Haverá também o lançamento do catálogo da exposição, ainda sem data definida.

Efigênia Rolim é artesã, contadora de histórias, poeta, assobiadora, performer e estilista. Nasceu em 1931, em Vila Granada, Santo Antônio de Matipó, município de Abre Campo (MG).  Em 1965, mora com a família ao norte do Paraná, e em 1971 chega a Curitiba. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, desde o ano de 1991 até hoje, além de ter lançado livros, participado de performances, desfiles de moda, filmes, congressos, e concedido entrevistas a nomes como Jô Soares e Caco Barcellos.

O documentário “O filme da Rainha”, com direção do argentino Sergio Mercurio, foi premiado no Festival de Cinema do México; Recebeu do Ministério da Cultura em 2007 e 2008, respectivamente, as premiações “Culturas Populares Mestre Duda” e “Medalha da Ordem do Mérito Cultural”. Obteve várias outras menções honrosas, teses acadêmicas, entre outras realizações.

Hélio Leites nasceu em 21 de janeiro de 1951 na cidade da Lapa, Paraná. Formado em Economia, trabalhou 25 anos como bancário até a década de 1980. Desde os anos 1970 desenvolve o trabalho de performer e artista plástico, tendo desde então recebido diversos prêmios em salões e festivais pelo Brasil. Em 1986 começa a expor, interagir com o público e vender suas obras na Feira do Largo da Ordem, no centro de Curitiba. Sua barraca é um movimentado ponto de encontro de pessoas interessadas nas suas histórias e obras, sempre relacionadas com a estética do mínimo.

Em 2010 formou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Criador da Associação Nacional de Colecionadores de Botão, secretário geral do Fiu-Fiuuu Sport Club – Clube de Assobiadores, diretor de Harmonia da Ex-Cola de Samba Unidos do Botão, coordenador da Campanha Mundial de antitaxidermismo, secretário da Associação Internacional de Kinderovistas, curador dos museus do Óculos, da Caixa de Fósforos, do Lápis e do Minipresépio.

 

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