Dia da Prematuridade tem encontro de mães

O recém-nascido prematuro geralmente fica na incubadora, alimentando-se por sonda, entre outros cuidados

O 17 de novembro é considerado o Dia Mundial da Prematuridade. A data foi criada com o objetivo de ajudar as mães, seja para acompanhar e evitar o nascimento prematuro, ou seja, para cuidar dos casos em que o bebê chega antes do previsto. Na Maternidade Mater Dei, o dia da prematuridade terá um encontro especial, com as mães que estão neste momento acompanhando seus bebês prematuros na UTI Neonatal, e as mães que já passaram por esse delicado momento e superaram. O encontro visa promover essa troca de experiências entre as mães, além de oferecer ainda mais apoio para as mamães que estão acompanhando seus filhos prematuros.

Uma das mães que superou a prematuridade na Mater Dei foi a Tatielly Regina Machado, mamãe da pequena Alice. A tão sonhada gravidez de uma menina não terminou como ela tinha planejado: “Eu perdi um tio, que era como um pai para mim, e tive o parto da Alice mais cedo do que o esperado por conta disso. Foi muito difícil ver que a minha gestação tão planejada e sonhada terminar dessa forma. Não tive tempo de fazer um ensaio de fotos no período em que estive grávida, de fazer um chá de bebê. E, ainda, senti que eu estava deixando um pedaço de mim, literalmente, na maternidade. Muito complicado ir para casa e não levar minha bebê comigo. Mas a Alice foi muito bem cuidada pela equipe da Mater Dei, e ver a evolução dela me deu forças para continuar”, relembra a mamãe. Hoje, a Alice tem 2 anos e 11 meses e é uma linda menina muito esperta e saudável.

De acordo com a médica pediatra Telma SantAna, que atua na Mater Dei, quadros de prematuridade podem ocorrer por diversos motivos: “Mães muito novas, que tem menos de 15 anos, ou mamães que já passaram dos 40 anos, correm o risco de, infelizmente, acabarem não completando o período ideal de gestação”.

São considerados casos de prematuridade partos que ocorrem entre a semana 22 e a semana 37 da gestação. Além da idade, fatores como situações de alto estresse, traumas, cirurgias, miomas, infecções urinárias não tratadas, ou ainda uso de dispositivos ultra uterinos (DIU), drogas, tabagismo, e até mesmo excesso de exercícios físicos podem desencadear partos prematuros. Gravidez múltipla e descolamento de placentas também podem provocar o nascimento do bebê antes do previsto. Por isso, o acompanhamento no pré-natal, com todos os cuidados na gestão, e também no pós-nascimento com uma equipe multidisciplinar, é fundamental para superar a prematuridade.

Para a mãe, além do emocional abalado por conta da prematuridade, já que, muitas vezes, o bebê não recebe alta e fica internado em incubadoras por períodos determinados conforme a evolução da saúde do bebê, a rotina de acompanhamento do desenvolvimento e tratamento do recém-nascido, é pesada. “Nossa equipe, tanto de pediatras, como de obstetras e da enfermagem, sempre buscam dar muito apoio às mães que se encontram com seus bebês internados na UTI, pois sabemos que é uma situação difícil, onde todo o carinho e apoio é fundamental”, afirma a doutora Telma.

Para o bebê, a jornada de superação e tratamento é bem intensa. O recém-nascido geralmente fica na incubadora, se alimentando por sonda, com acompanhamento da saturação para medir a oxigenação e verificar a condição cardíaca. Além da rotina de exames de acompanhamento da evolução do tratamento, na Mater Dei, há toda uma preocupação no bem-estar do bebê. “Mesmo estando internado, às vezes com acessos nos bracinhos ou, infelizmente, entubado, o bebê precisa de carinho e conforto. Usamos a técnica do polvo, ou criamos um ninho, visando promover esse aconchego para o recém-nascido e acalmá-lo”, revela a pediatra da Mater Dei.

E quanto, enfim, a alta chega, os cuidados não param. Segundo doutora Telma, o acompanhamento das especialidades em que o bebê precisa, é fundamental para garantir que sequelas não farão parte do desenvolvimento posterior da criança. “O bebê prematuro precisa tomar as vacinas corretamente e continuar com o acompanhamento com especialistas, para evitar que surjam sequelas e, caso surjam, que sejam superadas em sua plenitude”, destaca, reforçando que o acompanhamento multidisciplinar é essencial.

(Fonte: Agência Vulgata)

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