Livros raros em exposição na Casa-Museu

Biblioteca da Casa-Museu Ema Klabin: acervo de mais de 3 mil livros

Obras raras da literatura brasileira e internacional – que compõem o acervo particular da empresária, colecionadora e mecenas Ema Klabin (1907-1994), montado com a orientação do bibliófilo José Mindlin (1914-2010) – poderão ser admiradas a partir deste quarta-feira 17 de julho, e até a 1º de setembro, na segunda edição da exposição Vozes dos Livros, na Casa-Museu Ema Klabin, em São Paulo (r. Portugal, 43, Jardim Europa).

A mostra é aberta ao público de quarta a domingo, das 14h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, a entrada é da graça; de quarta a sexta, custa R$ 10.

Entre os livros raros, estão obras de Jean-Baptiste Debret (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), Mario de Andrade (Macunaíma – Cem Bibliófilos do Brasil – com ilustrações de Carybé), Jorge de Lima (Poemas Negros, com ilustrações de Lasar Segall), Simone de Beauvoir (La Femme Rompue – ilustrada pela irmã Hélène de Beauvoir e com dedicatória da autora para Ema Klabin). Um exemplar do programa de inauguração do Teatro Maria Della Costa também está ali exposto.

Área externa da instituição é cercada por jardins de Burle Marx

Com o tema “Identidades Paulistanas: O que eu trago? O que eu Levo”, a exposição percorre diferentes narrativas de construção de São Paulo que transitam entre a literatura e as antigas livrarias da cidade, o teatro, o costume de se corresponder por cartas com os entes distantes, a atuação da mulher na vida intelectual da cidade, a presença indígena e das populações negras em obras como Macunaíma, nos poemas de Jorge de Lima, em Câmara Cascudo ou em Cecília Meireles.

Cristiane Alves, coordenadora do setor educativo da Fundação Ema Klabin, explica que a exposição Vozes dos Livros é desenvolvida por meio de instalações sonoras que apresentam trechos de livros e emprestam a voz para tantas outras vozes que vivem na coleção de Ema Klabin.

Entre eles, escritos de Bertolt Brecht, Câmara Cascudo, Jean Baptiste Debret, Cecília Meireles e vários outros.

“Também queremos convidar cada um dos visitantes a somar a sua voz e sua história a nossa. E refletir sobre o que a gente traz e o que a gente leva das nossas relações aqui em São Paulo”.

A programação contará também com oficinas e visitas fomentando um espaço de troca e diálogo entre a exposição e seus visitantes. Informações: emaklabin.org.br/.

 

 

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