Os passos de Hemingway em Paris

Quem é apreciador da obra de Ernest Hemingway e apaixonado por Paris, não pode deixar de ler “Hemingway e Paris, um caso de amor”, livro que a editora Gryphus relançou há pouco, em comemoração aos 100 anos da chegada do escritor norte-americano à capital francesa em dezembro de 1921, onde fez história.

Hemingway ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1952, com sua obra O Velho e o Mar, escrita em Cuba; já havia recebido, um ano antes, o prêmio Pulitzer pela mesma obra. Seu portfólio inclui, ainda, entre tantos outros, O sol também se levanta, Por quem os sinos dobram, Adeus às armas e Paris é uma festa. Morreu em julho de 1961.

“Hemingway e Paris” é de autoria do poeta e dramaturgo brasileiro Benjamin Santos, foi publicado originalmente em 1999 e estava esgotado há mais de vinte anos, podendo ser encontrado em poucos sebos.

A editora Gryphus destaca que Benjamim Santos sempre foi um apaixonado por Paris. Desde pequeno, estudava a cidade por meio da história, literatura, fotografia e do cinema, e quando finalmente chegou lá viveu intensamente todos os seus cantos.

Benjamim é do Piauí e estudou Direito e Filosofia em Recife. Tem uma relação intensa com o teatro, música e poesia. Está de volta a Parnaíba depois de anos vivendo no Rio de Janeiro, onde foi responsável por grandes espetáculos e shows de música popular.

A edição comemorativa, revista e ampliada, inclui texto de contracapa de Francisco Brennand, além de dois cadernos de imagens comentados pelo autor, sendo o primeiro dedicado ao período em que o Hemingway residiu em Paris e o segundo aos locais frequentados pelo escritor e hoje consagrados como pontos históricos parisienses. Ao final, uma cronologia de Paris, uma de Hemingway, além da filmografia e bibliografia básica sobre Hemingway.

No material enviado à imprensa no lançamento do livro, a editora destaca: “Esta obra é a história de uma paixão vivida intensamente pelo escritor americano Ernest Hemingway e a capital francesa. A narrativa desse caso de amor nasceu quando Ernie era um garoto de 22 anos e Paris deixava para trás a belle époque e começava a experimentar a exuberância criadora dos anos vinte, profundamente influenciada pelo gênio criativo da Geração Perdida.

Paris de 1921 era um acontecimento ou uma festa, como definiria Hemingway mais tarde. Por suas ruas, becos, ruelas e boulevares transitavam grandes ícones da cultura que marcaram profundamente o século 20, entre eles Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, além de Hemingway.

Francisco Brennand, que assina o texto de contracapa do livro, escreveu ao dramaturgo, poeta, diretor, encenador e crítico de teatro e autor dessas páginas Benjamim Santos suas entusiasmadas impressões sobre a obra:

“O seu livro, meu caro Benjamim, é de uma erudição exemplar, pois está semeado de uma quantidade enorme de escritores de primeira linha que, próximos ou distantes do americano Hemingway, atravessaram os seus caminhos. (…) E como a você nada escapa, ainda oferece aos leitores uma oportuna cronologia de Hemingway ao final do livro, a partir de 1899 até 2 de julho de 1961, data de sua morte. Oferece igualmente uma filmografia e uma bibliografia, o que aquece a memória dos mais velhos leitores que, à medida que o tempo passa, já não têm o sagrado direito de tudo lembrar. Dizia o grande Buñuel (cineasta de minha preferência) que: ‘A memória é tudo. Sem a memória não somos nada’.”

O volume é também uma fascinante viagem pela cidade-luz ao lado de um cicerone sempre em ebulição. Em sua companhia, o leitor percorre os pontos vibrantes da capital francesa – quando ainda havia fiacres e tomava-se absinto –,nos anos trinta, quarenta e cinquenta.

Publicado originalmente em 1999, o livro estava esgotado há mais de 20 anos e passou por ampla revisão e atualização para o lançamento desta edição comemorativa, que inclui dois cadernos de imagens comentados pelo autor, enriquecendo a experiência do leitor ao percorrer os caminhos de Hemingway pela cidade. Além das fotos dos anos 1920, foi também acrescentado ao volume um encarte sobre os locais frequentados pelo escritor e hoje consagrados como pontos históricos parisienses. Ao final, uma cronologia de Paris, uma de Hemingway, além da filmografia e bibliografia básica sobre Hemingway.

Conta o autor, Benjamim Santos: “Mesmo sem saber que estava sendo escrito, comecei a escrever este livro quando estive em Paris pela primeira vez. Para percorrer a cidade, tracei alguns roteiros não convencionais que me levaram a lugares que o turista apressado ignora. Um dos roteiros mais queridos foi mergulhar nos caminhos de Hemingway pela cidade. Com agenda e caneta nas mãos, procurava, olhava, fazia anotações. Era como se eu me sentisse o próprio Hemingway quando era pobre, subindo a montagne Sainte Geveniève para chegar em casa no alto da colina, ou atravessando o Sena, depois de rico, quando passou a hospedar-se no Ritz. Escrevi para melhor entender Hemingway. Além das anotações de minhas viagens a Paris debrucei-me sobre toda a obra dele. O resultado é que sigo seus passos por Paris desde dezembro de 1921 até 1959, quando esteve lá pela última vez.”

(Com informações de Fmaciel Comunicação)

 

 

 

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